Sempre que falo em público fico nervoso, porque sinto uma enormíssima responsabilidade na minha vontade de falar em nome de tantos que não têm voz. Penso nas bombas a cair, nas pessoas que me morreram nas mãos, e no quão injusto é o mundo por não querer saber. Engulo a minha revolta, esforço-me para que não seja sobre mim, mas sim sobre eles, e abro o meu coração. Falo para que ouçam as vozes que trago dentro de mim, mas também na esperança que tantos outros possam fazer mais e melhor para tonar este mundo mais bonito.