A praça que leva o nome dos primeiros gritos de independência da Argentina (Praça 25 de Maio), olha para a famosa Casa Rosada de onde Evita Peron aqueceu a alma a milhões “descamizados” deste país.

Nos dias de hoje, e desde 1977, quem inflama as emoções dos mais desatentos é um grupo de mulheres, cuja coragem ficar ombro a ombro com os mais destemidos da história.

Gritam pela verdade dos factos sobre as dezenas de milhar de “desaparecidos” do tempo da Guerra Suja da dictadura de Vilela, exigindo que os seus filhos, netos, familiares, etc… sejam encontrados nem que seja debaixo da terra, e os responsáveis por estes crimes de lesa humanidade enfrentem a justiça.

Faça chuva ou faça sol, todas as 5as-feiras às 15:30 marcham ao encontro do epicentro de Buenos Aires, para que a sua justa causa nunca seja diluída no tempo, sejam quem forem os governos, as suas cores ou tendências…. justiça e verdade exigem-se!

Graças ao fôlego imensurável destas mulheres de lenço na cabeça (icon do seu movimento), muita da verdade histórica veio à tona e cerca de 150 filhos(as) e netos já foram encontrados com vida.

Um dos exemplos mais marcantes e inspiradores deste activismo de saia é Estela de Carlotto (la abuela de la plaza de Mayo) que passados 36 anos de luta não violenta, veio a chamar neto com 99,9% de probabilidade (estudo genético), a um homem feito, num encontro emocionante que todo o mundo viu.

É desta fibra e caracter que deveria ser feito o nosso Coração e o Mundo.

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